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Mercado financeiro: 5 tecnologias para conhecer

Mercado financeiro: 5 tecnologias para conhecer

Por Erica Travain

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Em janeiro de 2022, a B3, bolsa de valores oficial do Brasil, alcançou a marca de 5 milhões de contas de pessoas físicas abertas em corretoras no Brasil. Apesar de os produtos de renda fixa representarem a maioria dos investimentos brasileiros, as operações financeiras de renda variável, como os trades, ganharam destaque. Mas antes de falarmos sobre plataformas de investimentos, precisamos conhecer melhor o mercado financeiro.

O mercado financeiro é o ambiente onde ocorre a negociação de ativos, como títulos, moedas, ações, derivativos, mercadorias, commodities entre outros bens com algum valor financeiro. Normalmente, cada país possui o seu ambiente financeiro para negociação de valores. No caso brasileiro, é a B3. Mas quem participa ou pode participar desse mercado?

As divisões do mercado financeiro

De uma forma bem simples, o mercado financeiro pode ser dividido em credores (ou investidores) que fornecem o capital e os captadores (ou mutuários) que captam os recursos em troca de juros ou parte dos lucros com acionistas. Contudo, para que seja regulado, existem instituições responsáveis por fiscalizar as operações realizadas, como o Banco Central (Bacen) e a Comissão de Valores Mobiliários.

O mercado, em si, pode ser categorizado de quatro maneiras: mercado de ações, de obrigações, de derivativos e de balcão. O mercado de ações – também conhecido como mercado de capitais – permite que investidores comprem ou vendam participações societárias em empresas de capital aberto, atualmente, através de plataformas conhecidas como home brokers. Nessas plataformas, é possível negociar títulos, ações, derivativos, entre outros produtos.

Dentro do mercado de capitais brasileiro, existe a divisão de investimentos de renda variável e de renda fixa. Esses últimos, como o nome já diz, são investimentos com taxas pré-determinadas e mais estáveis. Em outras palavras, no início do contrato já é estabelecido o ganho no futuro.

A renda variável, por sua vez, corresponde aos produtos em que a rentabilidade não é conhecida no momento da compra ou aplicação do dinheiro. Assim, é possível ter lucro ou prejuízo com a aquisição de ações, opções e derivativos.

Produtos de renda variável no mercado financeiro

Podemos dividir o mercado de renda variável em três principais produtos: fundos imobiliários, opções e derivativos, e ações na Bolsa de Valores.

Fundos imobiliários

Também chamados de FII, são fundos financeiros que têm o objetivo de colocar ou aplicar dinheiro em ativos imobiliários. São considerados variáveis, pois o mercado de imóveis e o valor de aluguéis varia conforme o tempo. São divididos em tijolo (imóveis de fato, que geram renda de aluguel ou venda de unidades) e de papel (investido em títulos como LCI, LCA e CRIs).

Opções e derivativos

São contratos em que se negocia o direito de compra e venda de um lote de ações por um preço fixo, mas sem a obrigação de executá-la. É uma forma de se proteger da grande variação de preços de um ativo, porém apresentam risco.

Ações na bolsa de valores

São partes de empresa. Ao comprá-las, você se torna sócio da instituição, tem direito a dividendos e espera que o patrimônio se valorize com o passar do tempo. Contudo, as ações podem subir, descer ou manter-se.

Mas o que os traders fazem?

O termo em inglês, em tradução literal, significa comércio ou fato de comprar e vender um grande número de coisas, especialmente entre países. Ou seja, um trader é um negociante ou comerciante. Neste caso, é alguém que realiza operações de compra e venda na Bolsa de Valores, mais especificamente para quem opera no curto prazo.

O trader pode ser uma pessoa física ou uma organização, mas existem alguns perfis conhecidos, classificados pelo tipo de negociações que praticam. Os autônomos mais comuns são:

  • Day trader: transações diárias, de compra e venda no mesmo dia, com mesmo ativo, quantidade e mesma corretora;
  • Position trader: transações que duram, pelo menos, um mês;
  • Swing trader: operações que duram, em média, uma semana;
  • Scalper: operações de curtíssimo prazo, que duram segundos;
  • Buy and holder: compra e permanece com essas ações visando aumentar ou diversificar sua carteira de investimentos.

Já o mercado corporativo pode ser classificado como:

  • Trader institucional: vinculado a empresas do ramo financeiro;
  • Broker: executor de ordens de traders. Apenas executa, não toma decisão;
  • Sales trader: oferece estratégias e executa ordens de acordo com o que é solicitado pelos clientes.

Os traders podem se guiar por duas principais escolas de análise. A Fundamentalista analisa a saúde da empresa, se é ou será lucrativa, como paga suas dívidas, a concorrência no mercado, entre outros fatores. Indicadores, pesquisas, planilhas e artigos servem como fontes de informação para a tomada de decisão.

A outra escola é a Análise Técnica. Esta analisa movimentos do mercado financeiro, baseados nos preços dos ativos. Além disso, tenta prever o próximo movimento, como elevações e quedas, definindo quando deve ser a entrada, o stop gain (encerrar posição com lucro) ou stop loss (encerrar posição com prejuízo). Para isso, é feita a análise gráfica e do fluxo de ordens de compra e venda.

Porém, investir não é uma tarefa fácil para quem está começando. Por isso, algumas ferramentas podem ser bem úteis no dia a dia.

5 ferramentas para utilizar no mercado financeiro

Atualmente, os home brokers das instituições financeiras já oferecem opções para gerir seus investimentos, classificá-los, organizá-los, entre outras funções. Ainda sim, algumas ferramentas podem ser bem úteis para quem opera no mercado financeiro com alta frequência.

1. Calculadora de Imposto de Renda

É necessário pagar imposto sobre qualquer atividade que gere renda. Para day trade, há 20% de incidência de IR sobre qualquer lucro no mês, independente do valor negociado. Por isso, tenha sempre uma calculadora que aponte o valor real do lucro.

2. Salas ao vivo e lives

Nada melhor do que conversar antes de executar um movimento ousado. As salas de bate-papo podem ajudar a descobrir se um investimento é ideal e vale a pena. Nelas, você discute com outros traders sobre ações em baixa ou em alta.

3. Plataforma de gerenciamento de risco

Pode ser uma planilha, um caderno ou mesmo um software. Trata-se de uma ferramenta estratégica para controlar o quanto foi ou será perdido. Assim, é possível saber o lucro real da operação.

4. Plataforma profissional de negociação

Os gráficos gerados por uma plataforma profissional de negociação são o ponto de partida para agilizar comandos, verificar margens de ganho, identificar perdas possíveis, indicadores e stops. A IPC Systems, de quem a Wittel é parceira exclusiva no Brasil, é líder de soluções de comunicações globais e softwares para a comunidade de serviços financeiros e fornece mesas de operações financeiras que os traders usam para negociações.

5. Plataformas mobile para mercado financeiro

Não é porque você está fora de casa ou do escritório que não pode investir ou avaliar seus investimentos. Por isso, as soluções mobile para smartphones garantem mais comodidade e facilidade no dia a dia.

E aí, já se sente pronto para investir? Ainda não? Você pode começar com produtos de renda fixa e, conforme se atualizar sobre o mercado financeiro, investir em produtos de renda variável. Afinal, os retornos costumam ser mais altos nesse tipo de aplicação. A própria B3 traz informações sobre cada tipo de investimento de forma didática, além de contar com uma área do investidor para conferir o extrato das suas aplicações e rendimentos.

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