A adoção de novas tecnologias e processos de gestão tem se tornado um dos principais fatores de aceleração nas empresas do setor de saúde, uma tendência que ganhou força com as medidas para conter a Covid-19. Mas abraçar a transformação digital vai muito além de ganhar eficiência operacional. Ela está focada na busca de melhoria da qualidade do atendimento, bem como na experiência do paciente e do médico em toda jornada.
Não é novidade que a pandemia acelerou a adoção de ferramentas digitais de saúde. Telemedicina, marcação de exames online, diversos apps para cuidados pessoais, carteira de vacinação virtual… São inúmeros os exemplos de como as ferramentas digitais foram incorporadas no nosso cotidiano e nos cuidados com o corpo e a mente.
Segundo estudo da consultoria Deloitte, o número de consumidores que utilizam consultas à distância passou de 15% em 2019 para 19% no início de 2020; – em abril do mesmo ano, esse número saltou para 28%. E o mais interessante: 80% dos consumidores dizem que provavelmente terão outra consulta virtual, mesmo depois da Covid-19.
Investimentos tech em alta
Big data e inteligência artificial encurtam a distância entre empresas e seus clientes. E não seria diferente na medicina. No mercado global, as aplicações de IA na saúde bateram recorde de aportes de quase US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre de 2021, como aponta a CB Insights. Os destaques vão para a automação do backoffice e a parceria de empresas especializadas com a Big Pharma para o descobrimento e a criação de novas drogas. Já o mercado global de automação de saúde deve se expandir a um CAGR constante de 9,7% até 2027.
Como promover a transformação digital na gestão da saúde?
Automação e Inteligência Artificial (IA) vem ganhando força no setor. Porém, investir em tecnologias por si só, não é transformação digital. Há muitas mudanças a serem feitas, principalmente em relação ao amadurecimento de uma cultura de inovação. Está na hora de reconhecermos a urgência de fechar a lacuna entre estratégia e execução, investir em tecnologia e aproveitar suas ferramentas disponíveis para avançar as metas organizacionais.
Atualmente, é comum as instituições optarem pelo agendamento online. Porém, as outras etapas da jornada do paciente mantém o pensamento analógico. Ao chegar em uma clínica ou hospital, o paciente precisa aguardar atendimento na recepção, assinar documentos e, depois do atendimento, ter seu receituário em papel. Ou seja, a experiência do paciente continua sendo ignorada. E como mudar essa realidade?
Vestir a camisa da lógica digital
Se quase todo cidadão possui um smartphone para diversos serviços, ele também pode (e espera) ter o mesmo nível de facilidade no atendimento de saúde, do agendamento online ao pós consulta. Embora as ferramentas de autoatendimento e os portais do paciente tenham melhorado, os clientes continuam em busca de mais funcionalidades, incluindo acesso aos seus dados clínicos. Investir na compreensão dos pacientes orientada por dados é fundamental para transformar o atendimento.
Automatizando jornadas
Chegou a hora de eliminar processos analógicos desnecessários da jornada do paciente. É preciso automatizar todas as etapas possíveis e aproveitar os indicadores gerados para otimizar o seu atendimento e gestão.
Revolucionando a cultura no back off
Reconheça o papel fundamental das tecnologias para simplificar processos, otimizar resultados e, o mais importante, tornar as jornadas de atendimento mais fluidas para potencializar a melhora do cuidado às pessoas. Isso exige que toda a organização valorize a experiência do paciente, que precisa ser cada vez mais inteligente e humanizada.
A transformação digital é na verdade uma transformação cultural. É ter gestores e equipe focados em buscar constantemente novas ideias para aprimorar seus serviços, desenvolver novas capacidades e adotar uma visão holística sobre suas estratégias digitais. Quais recursos a tecnologia pode oferecer? Quais serviços adicionais seus pacientes precisam?
Ter uma plataforma que integre os pontos de contatos, capture dados e os organize de forma estruturada a fim de entender a fundo a necessidade dos clientes. Agir de forma assertiva para resolução do problema, seja com a adoção de novas tecnologias, capacitação de equipe e mudança de processos. Ou tudo junto, não importa. O fundamental é extrair desta complexa inteligência uma jornada dinâmica, simplificada e eficiente para quem está na outra ponta, o paciente.